Escolas de Samba

O carnaval é tido como a festa brasileira por excelência. Brinca-se em todo o país. Embora ganhe coloridos diferentes em cada região, sua estrutura básica é sempre a mesma – mexe provocativamente com a organização social vigente e exalta o prazer. Por toda parte crianças e adultos vestem fantasias de personagens de lendas antigas ou da última notícia da mídia. Podem encarnar personagens míticos, lendários, de humor. O carnaval vive da paródia e, assim, propicia a inversão de papéis: homens vestem-se de mulher, mulheres usam trajes incomuns. Como adereço, os foliões lançam mão de máscaras, enfeites nos cabelos e alegorias. Às vezes, as roupas são sumárias ou apenas indispensáveis. Outras vezes são extravagantes. É a festa dos contrastes, da dança e da música.

No Rio de Janeiro, tradicionalmente ocorrem disputas pelos sambas-enredo das escolas de samba, além das marchinhas e dos sambas de blocos carnavalescos. A invenção do trio elétrico, na Bahia, trouxe uma nova maneira de tocar e brincar o carnaval. Nas zonas rurais de alguns estados brasileiros, sobretudo no Nordeste, surgem formas exuberantes de brincar o carnaval, como os maracatus rurais, em Pernambuco.

Embora tenha oficialmente a duração de quatro dias, o carnaval, devido ao seu forte apelo turístico, pode durar dez dias ou mais. Festa móvel, associada ao calendário católico, tem início tradicionalmente num sábado e termina na quarta-feira de cinzas. Mas se considerarmos os bailes pré-carnavalescos, o tempo de festas dura quase um mês inteiro em algumas regiões do país. Nesse período inclui desfiles, bailes, concursos de fantasias e os mais diversos tipos de blocos – frevos, ranchos, empolgação etc.

Angela Mascelani